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 Operação Thunderbolt

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Juninho PP

Juninho PP


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MensagemAssunto: Operação Thunderbolt   Operação Thunderbolt Icon_minitimeSáb Out 15, 2011 11:53 am




O drama dos reféns começou, no dia 27 de Junho de 1976, com o sequestro de um Airbus A300 da Air France, que fazia a rota Tel Aviv-Paris, com escala em Atenas (Grécia), e 258 pessoas a bordo.

Pilotado pelo comandante Michel Bacos, o avião francês decolou do Aeroporto Internacional Ben Gurion às 8h59, chegando em Atenas
às 11h30. Desembarcaram 38 passageiros e embarcaram outros 58, entre os
quais, os quatro sequestradores. O total a bordo era, então, de 246
pessoas, mais a tripulação[1].

Vinte minutos após o meio-dia, o avião já cruza os céus novamente rumo ao seu destino final, Paris. Oito minutos após a decolagem, enquanto as aeromoças
preparam-se para servir o almoço, os terroristas assumem o controle do
avião. Eram quatro, dois dos quais possuíam passaportes de países árabes, um do Peru com o nome de A. Garcia (na verdade, Wilfried Bõse "Garcia") e uma mulher do Equador
de nome Ortega (na verdade, Gabriele Krõcher-Tiedemann), estes dois
últimos, posterioremente identificados como membros da organização
terrorista alemã Baader-Meinhof. Os quatro terroristas haviam vindo do Kuwait pelo vôo 763 da Singapore Airlines e iam com destino a Bahrein. Entretanto, ao desembarcar em trânsito (na Grécia), os quatro dirigiram-se ao check-in do vôo da Air France.[1]

As autoridades aeroportuárias em Israel e a estação de controle da Air France percebem que perderam contato com o vôo AF 139, alguns minutos após a decolagem em Atenas. Os ministros de Transporte e da Defesa, que participam da reunião semanal do gabinete com o primeiro-ministro Yitzhak Rabin, são imediatamente informados. Apesar de não saber ainda o que acontecia a bordo, o setor de operações das Forças de Defesa de Israel (FDI) prepara-se para um eventual pouso da aeronave em Lod, onde situava-se o Aeroporto Internacional Ben Gurion.

Por volta das 14 horas do dia 27 de junho, o Airbus comunica-se com a torre de controle do aeroporto de Bengazi, na Líbia, solicitando combustível suficiente para mais quatro horas de vôo, além de pedir que o representante local da Frente Popular para a Libertação da Palestina
(FPLP) seja encaminhado ao local. Descobriu-se então que a FPLP estava a
frente do sequestro. Às 15 horas, a aeronave aterrissa em Bengazi e apenas uma mulher é libertada. Ela consegue convencer os terroristas e um médico líbio que está grávida e sob risco de aborto. Na verdade, está indo para o enterro de sua mãe em Manchester, Inglaterra.[1]

Em Israel, terminada a reunião, o primeiro-ministro convoca ao seu gabinete alguns ministros – Shimon Peres, da Defesa; Yigal Allon, das Relações Exteriores; Gad Yaakobi, dos Transportes; e Zamir Zadok,
da Justiça. Fosse qual fosse o desfecho da história, esses homens
teriam que tomar decisões e estavam-se preparando para isso, pois já
sabiam que dentre os passageiros havia 77 com passaporte israelense. Rígida censura é imposta aos meios de comunicação
para que não divulguem listas de passageiros e para impedir a
veiculação de informações que possam, de alguma maneira, ajudar os
sequestradores. Iniciam-se, também, contatos com os familiares dos
viajantes. Em Bengazi o avião
permanece seis horas e meia, durante as quais é reabastecido - "por
preocupação humanitária do governo líbio para com os passageiros",
segundo o coronel Muamar Kadafi, presidente da Líbia.[1]

Às 21 horas e 50 minutos, o Airbus parte de Bengazi, voando à noite em direção ao sul, sobre o Saara líbio e o Sudão, afastando-se cada vez mais do Oriente Médio, e chegando ao aeroporto de Entebbe, por volta das três da manhã do dia 28 de junho. Os reféns foram então conduzidos para o prédio do antigo terminal
do aeroporto. Em Israel, as unidades da FDI, em alerta no aeroporto,
recebem ordens para retornar às suas bases. O que aconteceria dali em
diante não exigiria medidas especiais em território israelense.[1]

[editar] As exigências


Na terça-feira, dia 29 de junho, uma mensagem vinda de Paris, que primeiramente foi divulgada pela rádio de Uganda, revela os objetivos dos sequestradores: a libertação até às 14 horas do dia 1 de julho de 53 terroristas – 13 detidos em prisões da França, Alemanha Ocidental, Suíça e Quênia, e 40 em Israel. Caso suas reivindicações não fossem atendidas explodiriam o avião com todos os passageiros.

Israel, a nação mais afetada, havia sempre deixado claro que nunca negociaria com o terrorismo e que estava preparado para derramar o sangue de seus cidadãos a fim de se ater a seus princípios. Em maio de 1974, por exemplo, terroristas tinham sequestrado os alunos de uma escola de Maalot, na Galiléia; as Forças de Defesa de Israel
(FDI) invadiram o edifício e fuzilaram os pistoleiros, mas à custa de
22 crianças mortas. Em Entebbe, entretanto, parecia impossível que
Israel reagisse, pois apenas 105 reféns eram judeus - e o governo
israelense seria criticado pela opinião pública mundial se pusesse em
risco a vida dos outros.

Na quarta-feira, 30 de junho, França e Alemanha
afirmam que não soltariam os terroristas, posição que se supunha seria a
mesma de Israel. A França, no entanto, revela uma certa flexibilidade
ao anunciar que seguiria a posição do governo israelense que, até então,
mantinha-se em compasso de espera, aguardando o desenrolar dos
acontecimentos.

[editar] A posição de Idi Amin Dada


As dúvidas que pairavam sobre as autoridades israelenses eram duas: Uganda seria o destino final dos sequestradores ou apenas uma escala para abastecimento? E como estaria reagindo o governo de Idi Amin Dada, ditador de Uganda, diante dos acontecimentos – seriam anfitriões hostis ou parceiros ao sequestro? Afinal, desde 1972, as relações entre Israel e Uganda haviam se deteriorado muito, pois o governo israelense havia-se recusado a fornecer aviões a jato F-4 Phantom II ao país, sabendo que Uganda pretendia usá-los para bombardear os vizinhos Quênia e Tanzânia. Na ocasião, Idi Amin expulsou todos os israelenses do país.

Oficialmente, o governo de Uganda adotou uma atitude neutra em
relação aos sequestradores, mas na realidade eles eram bem-vindos.
Líderes palestinos encontravam-se no aeroporto para receber o avião, bem
como unidades do Exército de Uganda. Era evidente a colaboração de Idi Amin com os guerrilheiros, pois, soube-se, depois, que outros integrantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina foram transportados de Mogadíscio, na Somália, para o terminal em Uganda onde estavam os sequestradores e seus reféns, no jato particular do ditador[2]. As dúvidas estavam, portanto, dissipadas. Caberia, agora, Israel elaborar um plano de resgate que pudesse levar à solução do impasse num exíguo prazo.

[editar] A libertação dos reféns não-judeus


Curiosamente, na mesma quarta-feira (30/06), foram os próprios
terroristas que desperdiçaram sua maior vantagem. Sem atinar para as
implicações de seu ato, separaram os reféns não-judeus e, aparentemente
num gesto de consideração para com os outros países, permitiram que 47
reféns – exceto israelenses ou judeus –, retomassem sua viagem para a França.
O capitão Bacos e sua tripulação recusam-se a acompanhar o grupo,
afirmando que não abandonariam os demais passageiros. Uma freira
francesa também insiste em ficar, mas é impedida pelos terroristas e
pelos soldados ugandenses.[1]

A libertação de alguns reféns e a evidência cada vez maior de que o principal alvo dos terroristas era pressionar Israel,
aumentam a tensão no país e a pressão dos familiares para que o país
atenda às exigências dos sequestradores. Nos círculos militares e altos
escalões do governo, reuniões e mais reuniões são realizadas, além do
levantamento de informações feito pela Inteligência em busca de dados
que possam ser úteis a uma eventual ação de resgate. Novos nomes
integram-se às reuniões entre as FDI e os ministros, entre os quais, o
general brigadeiro Dan-Shomron, 48 anos, chefe dos pára-quedistas e oficial de infantaria; o general Benni Peled; e Ehud Barak, vice-diretor do Serviço de Inteligência das FDI.[1]

A confirmação dada pelos reféns soltos, meticulosamente entrevistados pelos serviços secretos da França e de Israel, de que o governo de Idi Amin estava apoiando os terroristas foi fundamental para as medidas que seriam tomadas por Israel
a partir de 1 de julho, quinta-feira, quando, 90 minutos antes de
expirar o prazo dado pelos sequestradores, o gabinete se reúne e aprova o
início de negociações com os terroristas. Estes, por sua vez, afirmam
não estar interessados em negociações e sim no atendimento de suas
reivindicações, estendendo o prazo até às 14h do dia 4 de julho.

[editar] As opções de Israel


Nesse 1 de julho, o Serviço de Inteligência descobre que o aeroporto de Entebbe
havia sido construído por uma empresa israelense – Solel Boneh, o que
possibilita o acesso às plantas originais do local. Cada vez mais, após
intensos encontros com oficiais do exército, Peres convence-se de que a
opção militar é possível e que é apenas uma questão de tempo para que
todas as peças do quebra-cabeça se encaixem. A princípio os israelenses
trabalham com três opções:[1]

1ª) Um lançamentos de pára-quedistas no Lago Vitória e um silencioso desembarque em Entebbe usando barcos de borracha;

2ª) Um cruzamento em grande escala do Lago Vitória, partindo da margem queniana - usando barcos que poderiam ser alugados, emprestados ou simplesmente roubados;

3ª) Um pouso direto em Entebbe, seguido de um assalto rápido e uma remoção imediata dos reféns por ar por forças especiais da unidade Sayeret Matkal.

As duas primeiras opções foram rapidamente descartadas, uma vez que,
após libertar os reféns, os israelenses iriam depender da ajuda de Idi
Amin ou da intervenção da ONU para sair de Uganda
- hipóteses que, devido àquela conjuntura, eram praticamente
impossíveis de se alcançar sem um significativo número de baixas. Sendo
assim o assalto direto a Entebbe seria a opção adotada.

O General-Brigadeiro Dan-Shomron é nomeado comandante da missão em terra e Yonatan (Yoni) Netanyahu, comandante da unidade Sayeret Matkal, comandante da força-tarefa que a executará. Uma réplica do antigo terminal de Entebbe
é construída para simulação da operação, com base nas plantas obtidas
junto à Solel Boneh e em fotografias aéreas, e os comandos começam a
treinar. Enquanto isso, o grupo de reféns libertados chega a Paris. Trazem duas informações essenciais para Israel:
a primeira, de que haveria menos pessoas para resgatar; a segunda, de
que apenas judeus estavam sendo mantidos como reféns, além da
tripulação, o que, para o governo, significava que os sequestradores
possivelmente acabariam matando a todos, mesmo que suas exigências
fossem atendidas.

Na sexta-feira, 2 de julho, os chefes dos comandos da missão, então
denominada "Thunderball", apresentam os planos detalhadamente para
Shomron. Duas horas depois, Yoni reúne-se com os oficiais para as ordens
finais, antes de mais uma simulação na réplica do aeroporto, incluindo o
pouso dos aviões nas pistas sem iluminação de Entebbe. O ensaio levou
55 minutos, do momento em que o avião aterrissou até a sua decolagem. A
preocupação maior entre todos os envolvidos é obter o máximo do
"elemento-supresa".

O ponto fundamental do plano era fazer aterrissar em Entebbe, no meio da noite, quatro aviões Hércules C-130 de transporte, que descarregariam tropas da unidade Sayeret Matkal
e veículos. Para evitar que os aviões fossem detectados, o primeiro
Hércules seguiria imediatamente atrás de um avião de carga inglês cujo
vôo regular era esperado no aeroporto de Entebbe.

[editar] As tropas de assalto


As tropas que realizariam a ação em terra estavam divididas em cinco grupos de assalto:


  • Grupo de Assalto 1: se encarregaria da segurança da pista e dos aviões (era formado por 33 médicos que também eram soldados);
  • Grupo de Assalto 2: tomar o edifício do antigo terminal e libertar os reféns;
  • Grupo de Assalto 3: tomar o edifício do novo terminal;
  • Grupo de Assalto 4: impedir a ação das unidades blindadas de Idi Amin (estacionadas em Kampala, a 37 km de distância) e destruir os aviões de combate ugandenses MiG 17 e MiG 21
    estacionados no aeroporto, para impedir uma possível perseguição. Este
    grupo também iria cobrir a estrada de acesso ao aeroporto, pois sabia-se
    que o Exército ugandense tinha tanques T-54 soviéticos e carros blindados OT-64 tchecos para transporte de tropas estacionados na capital.
  • Grupo de Assalto 5: evacuar os reféns, conduzindo-os para o C-130 Hercules que estaria à espera e seria reabastecido no local ou em Nairóbi, no vizinho Quênia - um dos poucos países africanos amigos de Israel.

Na medida do possível, tudo foi feito para eliminar os riscos. Sabia-se, por exemplo, que Amin uma vez chegara a Entebbe num Mercedes preto escoltado por um Land Rover, e veículos como esses foram embarcados no Hércules
que iria à frente, com o objetivo de confundir os ugandenses nos vitais
primeiros minutos. Na madrugada do dia 3 de julho, sábado, Motta Gur
telefona para Peres e o informa que os homens estão preparados e que a
operação pode ser executada.

[editar] O início da operação


De fato, o elemento surpresa foi provavelmente o maior trunfo que Israel
possuía. De acordo com Shomron: "Têm mais de 100 pessoas sentadas no
chão numa sala pequena, rodeadas por terroristas com o dedo no gatilho.
Poderiam disparar numa fração de segundos. Nós tínhamos de voar durante
sete horas, aterrar em segurança, conduzir até à área do terminal onde
os reféns eram mantidos, entrar e eliminar todos os terroristas antes
que algum deles pudesse abrir fogo."Na realidade, ninguém esperar que os
israelenses tomassem tantos riscos era precisamente a razão que os
levaria até eles[3].

No Aeroporto Internacional Ben Gurion,
os aviões começaram a levantar vôo a partir das 13h20 do dia 3 de
Julho, porém, tomaram direções diferentes, a fim de não chamarem a
atenção da população e da imprensa. Saliente-se que, até esse momento, a
missão de resgate ainda não havia sido formalmente aprovada pelo
gabinete israelense. A partida dos aviões fora autorizada pessoalmente
por Rabin, senão não haveria tempo hábil para sua execução.[1]

Enquanto os ministros se reúnem para analisar as possíveis
alternativas para a situação, incluindo a possibilidade de o país
atender às exigências dos terroristas, os aviões aterrissam em Sharm el Sheikh, na região do deserto do Sinai, para abastecer e partem novamente rumo a Uganda, voando em direção ao sul, a baixa altitude sobre o Mar Vermelho
para não serem detectados por sistemas de radares. Foi a partir daí que
o plano foi revelado ao Conselho de Ministros, que autorizaram que a
operação continuasse.

O primeiro ponto fundamental do plano era aterrissar o primeiro
Hércules imediatamente atrás do avião de carga inglês que estava sendo
esperado em terra, pois este não apenas absorveria a atenção dos
operadores de radar ugandenses como também encobriria o ruído feito
pêlos aviões israelenses. A precisão tinha de ser absoluta - e foi.

Sete horas depois da decolagem, a força israelense aproximava-se de
Entebbe, num céu carregado de chuva, sempre na escuta do comandante
inglês, que recebia as instruções da torre de controle. O C-130 Hercules de Shomron colocou-se exatamente atrás do cargueiro.[1]

O Hércules líder levava a força de resgate, chefiada pelo Tenente-Coronel Yoni. Também levava dois jipes e o agora famoso Mercedes preto, uma cópia perfeita do carro pessoal do ditador Idi Amin Dada. Dois C-130 Hercules adicionais levavam reforços e tropas destinadas a executar missões especiais, tais como destruir os MiGs estacionados nas proximidades. Um quarto C-130 Hercules foi enviado para evacuar os reféns.

O grupo aéreo também incluía dois Boeing 707. Um funcionava como posto de comando. O outro, equipado como um hospital aéreo, aterrissou em Nairobi, no vizinho Quênia. Os C-130 Hercules foram escoltados por um F-4 Phantom II até onde foi possível - cerca de um terço da distância. Circundando uma tempestade sobre o Lago Vitória, os C-130 Hercules
aproximaram-se do final de um vôo de 7 horas e 40 minutos. Porém,
esperava-os uma surpresa: as luzes da pista estavam ligadas! Mesmo
assim, aterraram sem serem detectados às 23h01 (hora local), apenas um
minuto depois da hora prevista.[3]

[editar] A chegada em Entebbe e o resgate


Após a aterrisagem, o primeiro C-130 Hercules, pilotado pelo Coronel Shani, segue para uma área mais escura da pista e, enquanto o cargueiro inglês taxiava, o Mercedes e dois Land Rover
descem a rampa, transportando 35 membros da força-tarefa, entre eles
Netanyahu, que iria tomar de assalto o velho terminal. Detalhe: os
militares que iam no Mercedes
estavam vestidos com uniformes ugandenses. Os operadores de radar não
perceberam o intruso e nenhum alarme foi dado. Por esse erro, seriam
logo depois executados pelo enraivecido e humilhado Idi Amin.[1]

Em outro local, dez membros da brigada de infantaria Golani saltam do
avião e espalham sinais para orientar a aterrissagem das outras três
aeronaves, que se aproximam rapidamente.[1]

Porém, os ugandenses logo perceberam a farsa e a 100 m do terminal
duas sentinelas, com metralhadoras apontadas, ordenaram ao carro que
parasse. Netanyahu e outro oficial abriram fogo com pistolas dotadas de
silenciador, atingindo um dos homens, e o grupo seguiu em frente até uns
50 m do edifício. A partir daí, os israelenses foram a pé. Os reféns
estavam todos deitados no salão principal e muitos dormiam. Quatro
terroristas haviam sido deixados montando guarda, um à direita, dois à
esquerda e um no fundo do salão. Todos estavam de pé e puderam ser
identificados devido às armas que portavam. Apanhados de surpresa, foram
mortos imediatamente, e o grupo de assalto subiu pelas escadas. Os
reféns advertiram que havia mais terroristas e soldados ugandenses no
andar de cima. As ordens eram para tratar os ugandenses como inimigo
armado, se abrissem fogo; caso contrário, seriam poupados. Mas para os
terroristas não haveria misericórdia. Diversos deles foram eliminados à
queima-roupa enquanto dormiam. A ação no terminal antigo durou três
minutos.[1]

Sete minutos depois que o primeiro C-130 Hercules
aterrissou, o segundo pousava, seguido pelo terceiro e pelo quarto.
Logo que as rampas eram baixadas, jipes e veículos de transporte saíam
em disparada, atravessando a pista. O grupo comandado pelo coronel Matan Vilnai
assaltou o edifício do novo terminal, que havia sido apressadamente
abandonado pelos ugandenses. As tropas de Amin pareciam totalmente
confusas e incapazes de esboçar uma reação coerente. A única resistência
determinada vinha da torre de controle, de onde partiu a rajada que
feriu mortalmente Yoni Netanyahu,
postado do lado de fora do velho terminal. Mas a unidade de Vilnai
eliminou esse núcleo de oposição graças ao fogo concentrado de
metralhadoras e lança-granadas.

O grupo do coronel Uri Orr encarregou-se do embarque dos reféns no avião que os aguardava. Por sua vez, a equipe que tinha ordens de eliminar os MiGs 17 e 21 ugandenses, levou poucos minutos para transformar onze deles em bolas de fogo com rajadas de metralhadoras.

O último dos quatro C-130 Hercules, com Shomron a bordo, parte de Entebbe às 00h30 do dia 4 de julho – 90 minutos depois de o primeiro ter aterrissado.

[editar] O regresso


Após uma breve escala em Nairóbi, para reabastecimento e a transferência dos feridos para o avião hospital, os reféns e os militares iniciam o vôo de volta à Israel,
por volta das 4 horas da madrugada do dia 4. Entretanto, apesar de
todos os esforços dos médicos – então chefiados pelo coronel Ephraim Sneh,
Yoni não resiste aos ferimentos e morre. Do lado israelense os mortos
foram quatro: Yoni e três reféns – dois faleceram no fogo cruzado com os
terroristas e uma senhora de idade, Dora Bloch, que havia sido
transferida para um hospital de Uganda e que posteriormente foi
assassinada por ordem de Idi Amin. Dos 13 terroristas envolvidos no
sequestro, os oito que estavam no aeroporto foram mortos, entre os quais
Bõse e Krôcher-Tiedemann. Os demais, segundo Shomron, estavam fora do
aeroporto.[1]
Morreram ainda 35 ugandenses na operação. Além disso, um número incerto
de soldados ugandenses e autoridades civis do aeroporto foram,
posterioremente, executadas por ordem de Idi Amin em virtude dos efeitos
morais da operação sobre o governo ugandense.

Nas primeiras horas da manhã do dia 4 de julho, o C-130 Hercules pilotado por Shani sobrevoa Eilat e desce em uma base da Força Aérea Israelense
(FAI) na região central do país. Enquanto os reféns são atendidos pelas
equipes de terra, as unidades de combate descarregam seus equipamentos.
Em seguida, retornam às suas bases e retomam suas funções de rotina,
afastados da euforia que tomava conta de Israel e da admiração e respeito que haviam conquistado em todo o mundo pelo que haviam feito naquela noite.

Ainda no dia 4, aproximadamente ao meio-dia, um C-130 Hercules da FAI aterrissa no Aeroporto Internacional Ben Gurion.
De suas portas traseiras, 102 pessoas - homens, mulheres e crianças -
correm em segurança para se reunir a seus familiares e amigos. A
Operação Entebbe permanecerá para sempre como um feito extraordinário na
história da aviação militar, embora a sorte tenha sido um fator
essencial.
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